AMOR AO RELENTO

AMOR AO RELENTO

Pra que sacrifícios...

Se meu amor é fraco?

Tão fraco quanto garoa no sertão,

Cujas gotículas são incapazes de pintar a caatinga,

Tingindo de verde aquela que jaz em sequidão?

Sacrifícios valerão a pena?

Promessas são abstratos sem poder de fusão,

Remendos novos as são em trapos velhos,

Pra alegrar miseráveis sem perspectivas,

Vítimas do “abandono” e da desprovidão?

Pelo furor do questionamento,

Estou deveras magoado,

O Amor em afluxo que jurarmos desbravar,

Será que deixei a traça do orgulho despedaçar?

Por que sacrificar-se?

Se a tempestade não acalma,

O encanto fendeu-se em decepção,

E a intolerância domina a alma?

O que aconteceu?

Minh'alma vive a perguntar,

Nada justificam esses questionamentos,

Que como forte terremoto,

Fez-me como cristal quebrar.

Adécio de Sousa Madrugada Molhada de 08/03/2018

Adécio de Sousa e ISABEL
Enviado por Adécio de Sousa em 08/05/2021
Código do texto: T7251269
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