SONETO DA ALMA.

Não ti vejo como olhos fixos e alheios,

vejo-a na textura da inquieta alma,

trago em mim,teu olhar, meus anseios,

que me renasce, e me constrói a calma.

Quero te em mim, num sincero afago,

como beija-flor, beijando uma florada,

e nesta sua tez, suave me embriago,

e querendo tímido, chamar-te de amada.

Ah estrela,que brilhou-me em dia turvo,

de sorriso ebúrneo, enfeitando a face,

é por teus olhares, que feliz me curvo.

E porque será, tão grande,esse carinho,

quer o sentimento um suave enlace,

num pouso silente, em caloroso ninho.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 16/05/2021
Código do texto: T7256809
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