Enquanto, deslumbrada, olhavas o ondular
do mar infindo, eu via, em tua altiva fronte,
Em ondas, teu cabelo, a um fogo  similar,
Um ruivo magistral, incêndio a mim defronte.
 
Enquanto, distraída, olhavas o horizonte,
Mirando sonhadora, o azul, sem fim, do  mar,
O brilho e a placidez da mais serena fonte,
Embevecido, ao lado, eu via em teu olhar.
 
Envolta em meu abraço, entregue  aos meus  desvelos,
Singrando um mar vermelho em teus rubros cabelos,
Redescobria  o céu no mel dos lábios teus.
 
A imensidão de azul, tocando no infinito,
Tornava o nosso encontro, eterno e tão bonito
Que pena... Veio  a noite e, então, disseste adeus...

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 19/05/2021
Reeditado em 02/01/2022
Código do texto: T7259240
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