A TRADIÇÃO NA PÓS-MODERNIDADE

É um ato de bravura e grande resistência

Tecer alexandrino em tempos atuais!

Soneto, por si só, já exige paciência!

Este gigante, então, há de exigir bem mais!

Na pós-modernidade, a nova consciência,

Renega a tradição de versos tão formais.

Do enorme desafio, precisa ter ciência,

Quem busca reviver antigas eras tais.

Debalde, um modernista aclama a sua morte.

Sobrevivendo sempre, e cada vez mais forte,

O velho Alexandrino é muito bom de briga.

A geração mais nova, ao descobrir-lhe a forma,

Entusiasmada segue, à risca, a rija norma.

E forja um verso novo, usando a fôrma antiga!

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Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 23/05/2021
Código do texto: T7262505
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