A TRADIÇÃO NA PÓS-MODERNIDADE
É um ato de bravura e grande resistência
Tecer alexandrino em tempos atuais!
Soneto, por si só, já exige paciência!
Este gigante, então, há de exigir bem mais!
Na pós-modernidade, a nova consciência,
Renega a tradição de versos tão formais.
Do enorme desafio, precisa ter ciência,
Quem busca reviver antigas eras tais.
Debalde, um modernista aclama a sua morte.
Sobrevivendo sempre, e cada vez mais forte,
O velho Alexandrino é muito bom de briga.
A geração mais nova, ao descobrir-lhe a forma,
Entusiasmada segue, à risca, a rija norma.
E forja um verso novo, usando a fôrma antiga!
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