Soneto de poesia decantada

No trem partiu minha última quimera
Carregando junto meu sonho encantado
E olhando ficou meu corpo acorrentado
Contemplando ali quem eu já não era...
 
Vou saindo apressada da estação deserta
Vertendo as mágoas nas faces molhadas
Na mente lembranças tão desordenadas
Cutucam as feridas que essa dor desperta
 
O trem do destino os seus trilhos percorre
E vai deixando pra trás a alma moribunda
Daquela cujo tempo da ampulheta escorre
 
E a cada despedida um poema lhe socorre
Essa inspiração decanta e no verso abunda
Mas disse G. Dias, "de amor não se morre".


Adriribeiro/@adri.poesias

 
 
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 25/05/2021
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