Voces intimae

soneto baseado na peça Voces Intimae de Jean Sibelius



Voces intimae qu'alma,pois, embalam,
Suplicam que me cale, eu, tolo, digo ;Não!
Confusas vozes que à mim ,nada falam,
Perdera eu a verdadeira ,do Ser a razão?

Voces intimae sem palavras, nem rimas,
Perpetua saudade, retalhos que eu faço...
Ainda fica -me, da vida faltando pedaço,
Ouço monótonos sinos, além da colina ...

Onde incensos d’aroma de açucena
Furtivas lagrimas, doce lembrança...
Encerra ,sem alardes, uma vida pequena.

Que na volta do caminho ,finalmente, veja,
No cerne de mim, soneto ,silente ,que fala!
Voces intimae derradeiro amém ,assim seja...