Soneto do Reencontro

Num sublime reencontro, um cálice de vinho,

Dou um trago na vida, assoviando pra lua.

Desembaraço a vida sendo bruxa adivinho,

Num aparente disfarce de fada nua.

Encaro e descanso no balanço do vento,

Sorvendo momentos de amante ocidental.

Invento maneiras de entrar no seu momento,

Como um beija-flor no jardim de meu quintal.

Nego ser humana, transverto numa abelha rainha,

Busco meu trono pra reinar em seu corpo suado.

Embrenho no azul de sua áurea que desalinha.

Impregnada de nossos cheiros, numa dança.

Reaparecemos num espaço, estreito espaço.

Num eterno orgasmo acompanhado pela dança.

Numa saudade que grita... venha!

Sandra Almeida
Enviado por Sandra Almeida em 07/11/2007
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