vida breve

Da carne viva, que vai morrer um dia

Que exalará cheiro fétido, repugnante

Ao encerrar na terra sua pouca estadia

Será chamado de defunto, doravante

Este defunto, outrora humano, pedante

À morte se rendeu, não há escapatória

Viveu a vida, em lógica ou delirante

E vai embora, com triste ou boa estória

Este defunto,em breve será o alimento

De bactérias, da terra, o suprimento

Que contribuirá para oculta fertilidade

Este corpo defunto, que se desfará

Carne, ossos, cabelos, tudo liquefará

Atestando de vez, nossa real brevidade

sonetosamadores
Enviado por sonetosamadores em 28/05/2021
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