vida breve
Da carne viva, que vai morrer um dia
Que exalará cheiro fétido, repugnante
Ao encerrar na terra sua pouca estadia
Será chamado de defunto, doravante
Este defunto, outrora humano, pedante
À morte se rendeu, não há escapatória
Viveu a vida, em lógica ou delirante
E vai embora, com triste ou boa estória
Este defunto,em breve será o alimento
De bactérias, da terra, o suprimento
Que contribuirá para oculta fertilidade
Este corpo defunto, que se desfará
Carne, ossos, cabelos, tudo liquefará
Atestando de vez, nossa real brevidade