Soneto de herança

De amor e sonhos fiz meu ajuntamento...
Para quando desta vida proferir o adeus,
E finalmente eu voltar pra perto de Deus,
Deixar como herança o meu testamento...

Mas da minha bagagem triste e lamurienta
Não deixarei sequer uma lembrança vaga.
Nem traços da ilusão que no tempo apaga,
Pois só se imagina, mas não se sustenta...

Deixarei a esperança para a alma sedenta
De uma outra vida na qual meu eu divaga.
Enquanto o meu espírito nesta fé se afaga.

Que o mais justo valor do pão que alimenta
Sempre aos meus herdeiros tal herança traga
Só a doce memória do que nunca se apaga...



Adriribeiro/@adri.poesias
 

 
 

 
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 08/06/2021
Reeditado em 16/07/2021
Código do texto: T7274147
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