Soneto da esperança

O mês de junho é sempre especial,
Sendo um tempo de festa por inteiro.
O bom seria mesmo um sanfoneiro,
Numa praça, na sala ou no quintal!

Estamos, entretanto, frente a um mal,
Todos contra o adversário traiçoeiro.
Os três Santos, em solo brasileiro,
De novo, passarão sem festival.

Esperança é o que resta ao povo, agora!
Já surgem novidades, mundo afora!
Unidos, confiemos no futuro!

No ano que vem, ao fim dessa agonia,
Há de surgir, então, um novo dia,
Oposto, em tudo, ao tempo, agora, escuro.


 
Criativa interação do Amigo e Poeta Jota Garcia:

             Um xiste, para amenizar o clima:  
 
O soneto já é um desafio,
Somente tu ainda achas pouco.
O intento pode nos deixar louco,
No hospital sentindo calafrios.
 
Esta ideia mexe com nossos brios,
Tautogramas já me deixaram rouco,  
O coco com um parafuso solto,
Dias há que eu choro, e dias que rio.
 
 Estando só, sei que corro perigo.
Já pensei até ir morar contigo,
Usaria a tua  caneta mágica.  
 
Não me negarias a tua lógica,
Haveria pausa em meu castigo,
Onde antes era uma estória trágica.  


               Um tautograma do absurdo rsrsrs
Muito honrado com a interação do magnífico poeta e grande amigo Antônio Silva Gusmão - ANSILGUS

SONETO – Na expectativa – 11.06.2021 (NPRL)
 
Nossa esperança por si só retorna,
nos corações adrede esmorecidos,
de vez em quando a tristeza se estorna,
isso é antigo, desde tempos idos.
 
Proibida nossa alegria junina,
da fogueira, pamonha e da canjica,
porquanto a pandemia só duplica,
e nos separa e vem como assassina...
 
Porém em vinte e dois se Deus quiser,
vamos sim enterrar todo esse atraso,
e até voltar à saudosa quadrilha...
 
Muito forró repleto de mulher,
o milho assado vai sobrar de arraso,
vamos seguir nossa velha cartilha.
Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 09/06/2021
Reeditado em 11/06/2021
Código do texto: T7274741
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