soneto da compaixão

quando o olhar acolhe

transbordando no outro

tanto a dor secreta quanto

o sol que ainda não nasce

o silêncio que não fala o ódio

que reverbera vingança (esta

justiça falsa incompleta) o medo

no menino que não foi amado

desejo diferente cicatriz na palavra

o abuso no lugar do abraço e o espinho

onde a flor desabrochava a ternura

que existe e se fecha a coragem

se tornando crueldade mas o sol

nunca morre e espera a sua aurora

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 21/06/2021
Código do texto: T7283457
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