Inverno
Inverno
Intensamente, chove neste instante,
Produzindo um barulho nos telhados,
Os vegetais que estavam ressecados,
Ressurgiram de forma exuberante.
Todo esse universo árido é mutante,
Que se refaz em tempos invernados,
A fauna e flora são enamorados,
Tornando a ambiência atuante.
Ao contrário de muitos corações,
Que desconhecem três das estações:
Fértil inverno, outono e primavera…
Não brotam, não florescem nem desfolham,
Frios seres que apenas se entreolham
Em deserto de sal que nada gera.
Aracaju - Sergipe, 20/05/2021
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Agradeço a generosidade do Poeta Fcunha Lima pela gentileza dessa participação incomum.
INVERNO
Um chuveirão e logo o capim cresce
Pintando o chão de verde, no sertão,
E o barranco de aluvião,
Tem cor de terra, mas desaparece.-
A criação de sede não padece
E obedece, tendo tudo à mão,
Esquece que não é mais ilusão.
De antemão o homem agradece.-
Com joelhos ao chão roga uma prece,
Na oração que Deus estabelece,
Na medição de tanto desengano.-
Sorri de emoção e de alegria,
Mas a recordação chega de dia,
Dessa agonia que vem todo o ano.
Nas trilhas do poeta Armengador,
fernando cunha lima - 28-06-202