ENTRE TUDO E MAIS NADA
por Juliana S. Valis













Nada deixamos que não pudesse ser tudo,

Se o acaso viesse na manhã que nos brada,

Talvez o plano do coração fosse escudo

Contra todo delírio em cada passo da estrada...






E no descompasso da emoção, nesse vento,

Entre ponteiros de fé, a própria alma nos pede

Amor que preencha cada breve momento,

Pois a essência só guarda a luz que o sonho concede !






Sem mais pieguices, todo sentimento conduz

Ao enigma dos corações tão sós e humanos

Que nos perdemos em planos, em labirintos de luz...






E tantas vertigens de aparências vorazes

Tornam-se ilusões que se dissipam nas fuligens dos anos,

Em tantas ruas de enganos, entre essas luas loquazes.










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