DE LUA
Foi lua cheia durante cada dia,
As outras fases, quase o dia todo,
E mesmo com o agir louco a seu modo,
Não cabia em mim minha alegria.
Às vezes, não ligava ao que eu pedia,
E noutras, sua vida era algo incômodo,
Julgava-se pegada em um engodo
E de lua de meus braços fugia.
Não sei quando, em nuvens se cobriu
E como fosse a lua ela sumiu,
Levando até a noite na bagagem.
Não me surpreendeu essa outra face,
E até cansar, pedi que ela voltasse,
Sem espelhar na lua sua imagem.