Soberanas na multidão


O céu azulado, sábado encantado e boas perspectivas...
A mata maltratada pela geada na mais pura alquimia
Na vegetação suprimida, vejo ela que permanece altiva!
Vibração no coração da transeunte, doce é essa magia.

Desperta a criança adormecida, adentrando nas matas caídas.
A menina, coreografa percorrendo nos carreiros e sorrindo...
Penetra nos emaranhados arbustos, alegre e bem descontraída
Vislumbra no âmago da natureza desvalida, uma beleza atraindo.

Muito chama-lhe a atenção, como as borboletas esvoaçantes
Buscando o doce néctar nas flores com as suas cores vibrantes
Garimpam em todas as estações e mergulham nos cheirinhos.

Solitárias e fortes, elas fulguram e espiam os vultos devagarinho
Aconchegam-se nas enigmáticas complacências das multidões...
Exalam seus perfumes para aqueles que lhes oferecem as mãos.






Texto e imagem: Miriam Carmignan