AMADA
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Quero sentir o doce contratempo
teu corpo despertando-me na madrugada
enquanto a cidade quieta e adormecida,
não presencia meu prazer de ser amada.
Reluzem lumes de estrelas na janela
extenuados no prazer que se revela
corpos unidos em doces descobertas
são só sussurros em bocas entreabertas.
As folhas soltas levadas pelo vento
tornam-se cúmplices do perpétuo silêncio
ocultas ao véu da longa madrugada.
E eu assim, vivo em pleno deleite
o doce encanto que teu amor desperta
dou-te meus lábios, consinto ser beijada.
Rio de Janeiro - Brasil