SONETO – Tempos de criança – 21.07.2021 (PRL)
SONETO – Tempos de criança – 21.07.2021 (PRL)
Vai-se o tempo, e a lembrança permanece,
De atos havidos quando adolescentes,
São de pureza toda essa benesse,
Que se contam porque são procedentes...
Quando alçavas os ramos da mangueira, (*)
Do teu quintal florido e anexo ao meu,
Lá do meu quarto ou mesmo da banheira,
Eu me gabava no auge em apogeu...
Mas quando tu roçavas nalgum galho,
Quase despida e nunca em ato falho,
E aquilo me excitava docemente...
Eu sozinho e travesso... tão fogoso!
A me esbanjar em teu corpo fremente,
Que me fartava num profundo gozo.
SilvaGusmão
Foto: Internet/GOOGLE
(*) – Árvore frutífera de origem asiática.