A JORNALEIRA (Como Uma Linda Jangada)
Infinitamente a caminhar pelas ruas da cidade,
Vai seguindo como uma suave e linda jangada,
Aquela mulher incansável e com seriedade,
Trabalha diariamente e quase nunca está parada.
Entra numa rua e depois desaparece ao dobrar a esquina,
Com jornais de folha nas mãos vai em busca de assinantes.
É a jornaleira de passos firmes parecendo uma menina,
Sob o sol ardente vai seguindo como uma estrela brilhante.
Abre, às vezes, um lindo sorriso em notável simpatia,
E rapidamente em alguma sombra ela respira um pouco
Aliviando o cansaço do diário e árduo trabalhar...
Eu a vejo sempre nessa constante labuta todo dia,
Do rosto da jornaleira amiga goteja um suor, digamos, rouco...
E lá vai ela pelas ruas da cidade infinitamente a caminhar...