FIEL AMIGO

Não rasgo minhas vestes, mas meu peito,
E eu aceito, se embora a ti me entregue,
O peso que eu carregue, eu leve até o leito,
E o valor do direito, não houver quem regue.

Se o peso da cruz for à lembrança que eu carregue
Sorrirei na via-crúcis com firmeza e com jeito
Porque assim foi eleito que o meu destino pregue
Mesmo que todo o meu gesto, seja por ti, desfeito.

Minha sina é estender-te as mãos
Não importa se reconhecido seja,
O que o coração almeja: são bênçãos.

E mesmo que teu coração não veja
Continuarei plantando esses “grãos”
E sarando os “vãos” que o céu almeja.
                                                                                   Ênio Azevedo
Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 11/08/2021
Código do texto: T7318629
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