CARTOGRAFIA

Se cartógrafo eu fosse por um dia

E o mundo, o teu corpo imaginado,

Eu ia dar a volta e do outro lado,

À rota dos encantos me daria.

Por entre as latitudes seguiria,

E as longitudes, fora do traçado,

Nenhum meridiano era deixado

Na busca ao ponto que eu perseguia.

Depois de esquadrinhar o mar revolto,

Chegando à recompensa, ali solto,

Enveredava a rota do prazer.

Cartógrafo não sou, só um poeta,

Que nas linhas do sonho traça a meta

De à terra proibida ir lá se haver.