AS PONTES

Milhares de jardins estão plantados

Nos quatros cantos deste mundo insano

E pela insensatez do ser humano

Definham tantos deles, separados.

As cores e elixires exalados

Respeitam os caprichos do tirano

Que expele as espirais de um oceano

Perante perfumistas conformados.

Os turbilhões do orgulho são bravios,

Impondo torturantes desafios

Às vidas que perecem solitárias.

Se os corações unissem sua essência,

Fariam ressurgir, em consequência,

As pontes da concórdia necessárias.

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Trabalho classificado no I Concurso de Sonetos Clássicos da Academia Internacional da União Cultural.