Soneto de inconsistência

Com seus olhos abertos desmedidamente
O coração alquebrado ao romper da aurora,
Da fascinação da vida despediu-se outrora...
Desdobrada angústia mira atentantamente.

Tudo será perdoado aos que muito amaram?
Ou terão os castigos em cálculos redobrados?
E quantos gritos de vivas serão celebrados
Pelos que o ledo engano nunca suportaram?

E sempre acabrunhada a questionar se pega
As velhas desistências e as novas covardias
Porquanto faz os planos e logo após renega

Segue retroalimentando suas ilusões tardias
Se no âmago da carne o intenso desejo nega.
Inconsistentes emoções, intácteis e fugidias.

Adriribeiro/@adri.poesias
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 20/08/2021
Reeditado em 19/09/2021
Código do texto: T7325058
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