Prometeu Moderno

Eu temo que foi morta a poesia!

A humanidade a máquina venceu.

Morreu o homem, sim, ele morreu

Pelas mãos vingadoras da sua cria.

Imagem e semelhança, igual Deus,

Dotou sua criação de autonomia,

Até que veio o inevitável dia

Que a máquina virou de nós ateu.

Criando as próprias leis e movimentos

E suprindos seus próprios alimentos,

A criação crucificou o criador.

Porém a arte não lhe foi herdada!

A virtude de criar não leva à nada

Se não é acompanhada de amor.

Anne Negreiros
Enviado por Anne Negreiros em 21/08/2021
Reeditado em 21/08/2021
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