Lua Solitária

Exala a tarde teu último lamento,

Almas que guardais aqui os teus segredos,

Solitária ao cântico dos ventos

Vai a lua surgindo nos arvoredos.

Na solidão dos ermos monumentos,

Ao cantochão dos sonhos que lhe vejo,

Nos caminhos flóreos e lutulentos,

No bosque enluarado do meu peito.

Pelas sombras tu foste entristecida,

Branca como o lírio dos pesares

Que floriste numa campa esquecida.

Ai, tem essa lua pálida e calma,

A solidão plangente dos luares

E a tristeza que eu sinto em minha alma.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 22/08/2021
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