Diz-se que um rato roeu uma roupa,

Diz-se que um rato roeu uma roupa,

roupa romana, e real, pois do rei;

porém a roupa de um pobre de Roma,

se foi roída, jamais saberei!

O rato, então, que jamais dava sopa,

roeu a rolha na Rússia, de um rei!

Assim, do rum da garrafa um aroma

fez-se lembrar como eu próprio não hei.

E da garrafa de um pobre qualquer?

Arre! Nem graves que um rato a roeu,

pois dessa história saber ninguém quer!

Eu, que sou pobre, perdendo os bens meus,

nem faço história nem conto sequer:

vinde, então, ratos, e sede o meu deus!

Finalizado dia 23/08/2021

Malveira Cruz
Enviado por Malveira Cruz em 23/08/2021
Reeditado em 23/08/2021
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