FESTA NO CÉU
Há quem não creia, mas antes havia
Festa no céu e homem não entrava
Já que como macaco aprontava,
Dando vazão ao que a cobra dizia.
E numa dessas noites de folia,
Um sapo de olhar fixo bilava
Uma sapa que à festa se esbaldava
E logo entre os dois nem ar corria.
O sapo era um homem disfarçado
E a sapa, uma mulher, Deus disse irado,
“Livre-se o céu do sapo e de sua ogra”.
O macaco hoje conta a quem quiser,
Que no frege do anjo Lúcifer,
Até hoje o sapo dança com a sogra.