Eu sou nada no meio do tudo

Anjo da noite escura, venha!

Leva-me para o nada e mata

Essa dor imensa que maltrata

A minha calma, sem sossego e senha

Leva-me, acolhe-me em tua lenha

Na sua asa redentora me arrebata

Em desalinhos, vida triste, ingrata

Ofuscando o destino de quem desdenha

No meio há muita luz na aurora

E eu busco sua proteção agora

No silêncio da vida, fico mudo

Venha! Recolhe-me na eternidade

Deixo de herança a saudade

Eu sou nada no meio do tudo

*escrito em 24/01/2006

Helen De Rose
Enviado por Helen De Rose em 26/08/2021
Reeditado em 26/08/2021
Código do texto: T7328936
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