PORTO DAS SAUDADES
Silva Filho
 
 
No estuário do meu pensamento
Submergi na busca de segredos
Sentimentos que não são brinquedos
Náufragos – sem ar, sem luz e sem alento!
 
A embarcação não resistiu ao vento
Um iminente choque nos rochedos
Deixando os segredos sem enredos
A eternidade traduzida em momento!
 
Ao navegar por esse mundo afora
Meu coração... de vez em quando implora
Pra não passar no mar das tempestades!
 
Mas timoneiro que quer aventura
Jamais aceita um conselho ou censura
Até chegar no grande Porto das Saudades!