GADO À SECA
Entre um fuzil e um prato de feijão
Das decisões foi esta a mais difícil
Para a imprensa e todo estrupício
Que queria uma arma ter à mão.
O sujeito, às vezes, pobretão
Metido a rico (Veja isso Brasil!),
Queria meter fogo em civil,
Mas não lhe deu nem bala o capitão.
Se à noite, sem comida, o bucho ronca,
Sem fuzil e feijão, leva uma bronca
Da esposa e mete a culpa no PT.
O couro da barriga anda colado,
É gado à seca e mesmo neste estado
Não vê que fuzil não é de comer.