PEREGRINO

Ando perdido nesse mundo, que passa longe do visível.

Saber que pertenço a ele, sem ao menos tê-lo merecido,

Isso perturba muito! Meu íntimo mesquinho e irascível.

Ter que enfrentar esse eu, cada vez mais desconhecido.

Corro atrás de solução! Nem os alquimistas as possuem.

Fui condenado pela justiça comum das pessoas normais,

Com razão, fui afastado da convivência; conversas fluem.

Perdi a fortuna de ser benquisto, querido e amado mais.

Paro e penso que é a hora de me adequar! Me achar, talvez.

As pessoas sorrirão para mim, e como um bufão, renascerei.

Serei aclamado, mas não desmascarado. Essa é a minha vez.

Caminho rumo à serenidade, mesmo como convenção, eu sei.

O sofrimento deflagrado aos outros, não deve ser um xadrez,

Em que um ser, narcísico, egóico peão, dá xeque-mate no rei.