Destino

Na imensidão da alma então perdida,

Na existência esquálida sem sorte,

A primeira sem sonho desta morte

Na encruzilhada da plúmbea vida.

Na sombra da bruma lassa esquecida

No destino aziago, abatido a ver-te,

Na brutal sanha do tempo tão forte

Na lacrimosa amante a dor sentida.

Ela como uma aquarela sem cores

No terrível pranto o espanto e dores

Aquela que pranteia o que sempre plantou.

Na visão corrompida que o mal sonhou,

Alguma esposa infiel de vis pendores

E que na existência só a dor encontrou!

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 05/09/2021
Reeditado em 06/09/2021
Código do texto: T7336082
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