Minha solidão

Inerte neste mundo, ando perdido,

Procuro a alma gêmea na estrada.

No peito corre um sangue dolorido,

E ando acompanhado sem amada.

Recito meu soneto, esbaforido!

Com minha solidão, morro na prada.

Lembrando os meus sonhos esquecidos;

Eu durmo novamente e só, sem nada.

E assim a vida morre, e tudo passa,

Sofrendo no infortúnio da chalaça,

Vivo aqui parado, é tudo em vão.

Ó meu Deus, me livre da desgraça!

E tire o amargo fel da minha taça,

Bem antes que eu morra de paixão.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 14/09/2021
Código do texto: T7342087
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