Sono e poesia

A noite é calma – as estrelas cintilando

Parecem adorar religiosamente

À Lua cheia, que ressona indolente,

Raios de faiscante prata derramando.

Sinto minha musa lentamente chegando;

Feito um espectro surge silenciosamente

E deita-se comigo insinuadoramente,

Em meus ouvidos um poema sussurrando…

Com meu travesseiro golpeio-a, zangado,

E expulso-a pela janela a gritar:

“Não vês que durmo e não quero ser perturbado?

Por ti passei a manhã toda a labutar,

E agora à noite queres deixar-me acordado?

Até mesmo eu mereço poder descansar!”

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 14/09/2021
Código do texto: T7342273
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