Névoas Outonais

Em névoas passavas tão macilento,

Envolto pelas sombras langorosas;

O cântico das árias lacrimosas

Perdendo-se pelo horto nevoento.

E tinhas o prantear das dolorosas

Notas solitárias do lamento...

A sinfonia calma das pulcras rosas

Beijadas em silêncio pelo vento.

A melodia de um sino derradeiro,

Se perdendo em meio ao nevoeiro,

Numa tarde assim deserta de outono...

E numa tarde como essa, ó querida,

Virá a morte, talvez, em minha vida,

Fechar-me os olhos para o eterno sono.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 18/09/2021
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