CAPITÃO DO MATO - SAMBA (SONETO)

CAPITÃO DO MATO (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Seus senhores pedem a captura de um foragido escravo,

Debandando de uma fazenda de engenho correndo do trabalho,

Embrenhando nas florestas com a roupa do corpo no aparato,

Pés descalços entocado em alguma moita no meio do mato.

Escondendo da caçada pelos esconderijos a um grito bravo,

Entrando no local de refúgio como nas árvores nos altos galhos;

Alcançando os Quilombos e reunindo aglomerações dos tratos,

Juntando a hierarquia da fuga e foco escravocratas pelos retratos.

Aprofundando mata a dentro procurando cada lugar a seu retalho,

Cuidando da manutenção da ordem da escravatura a contratos,

Levando e praticando os castigos aos capturados comum a fatos.

Guerreavam os Quilombolas aniquilando com o funcionamento e regato.

Muitos brancos como também negros libertos e serviçais a atalhos,

Carregando a confiança dos senhores de engenhos eram Os Capitães do Mato.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 26/09/2021
Reeditado em 07/01/2022
Código do texto: T7350592
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