A MINHA DOR

O que é isto que rasga meu soneto em sofrência

E de onde está poética que sussurra em alta voz

Versos frios, que tortura, dum amor na ausência

Que me devora por inteiro, num sentimento atroz

Triste sensação, desilusão em riste, rima triste

Há um tormento no peito que sufoca e agiganta

Tudo tão cinza, e uma prosa penosa que insiste

Numa dolorosa poesia que resiste e desencanta

Aonde estão as trovas tão cantadas com alegria

Aquela doce poesia, não o silêncio que me resta

A solidão, pensamento amargo e a paixão vazia

Cadê os versos, aqueles com ventura ao dispor

Com estória e histórias não essas que molesta

Pois cá neste versar penalizado só a minha dor...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

29 setembro, 2021, 14’25” – Araguari, MG

Vídeo poético no canal do Youtube:

https://youtu.be/xMkwGzUgOSk

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 29/09/2021
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