CASINHA DE CACHORRO
Hoje amanheci meio perdido
Na casinha das coisas que eu sinto
E preso nesse estranho labirinto
Pergunto por que nele estou metido.
Será que se tivesse dado ouvido
Mais à razão do que a meu instinto
E não agido como um cão faminto,
Outra sorte eu teria merecido?
Já ouvi a razão e isto me consome,
Pois quem me pôs coleira sei o nome
E até o endereço onde mora...
E eu devo ouvi-la mais, por que
Se deixa o instinto vil me convencer
A roer ossos preso até agora?