LUTO

Minha poesia fez-se pesar dum amor ido

Uma dor no sepulcro onde saudade sente

Lembrada, suspirada, sentimento sofrido

Evocado da recordação, mas tão presente

Oh, versar, porque és tu, tão imperador?

Minha prosa vive a sonhar nos desvarios

Dos beijos, dos carinhos do amado amor

Num desejo de inteirar os versos vazios

Estouvada poética, carente de venturas

Não vês que o meu estrago é tão duro

Rasga o coração, e farto de amarguras

Cá fico a olhar e imaginar um atributo

Para então versar a este amor tão puro

Mas, o verso se traja de nostálgico luto!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

30 setembro, 2021, 11’08” – Araguari, MG

Vídeo poético no canal do Youtube:

https://youtu.be/DuMB7_3uoBI

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 30/09/2021
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