Soneto de vida efêmera

Escorre o tempo como escoa a enxurrada
E segue espalhando tudo que está revolto
Num vendaval em cujo vento está envolto
As incompletudes e incertezas misturadas

Nada é, pois neste mundo tão inconstante
Tudo passa! E de repente já não está mais
Continuam os vivos a cumprir seus rituais
Porque o tempo resume-se num instante...

Na efêmera vida, curto espaço consciente,
Pensa o ser somente em ser, mas nunca é.
E vai assim enquanto o espírito está de pé

Com sorte chegará ao fim da sua jornada
Dignamente e acompanhado de afeições,
Para eternizar-se em cativados corações...

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 03/10/2021
Reeditado em 15/07/2022
Código do texto: T7355814
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