ESPELHO
Cada marca de minha face
Aqui me olhando nesse espelho
Como se fizesse um repasse
Dessa vida sempre em vermelho
Vejo as cicatrizes que acusam
Sonhos tantos que nem sei quanto!
São tantas almas que se cruzam
E, se perdem noutro quebranto...
Mas, encontro o sorriso e, planto
No solo interior o impasse
Contra o qual logo me levanto
E, expulso tudo o que desgrace.
Em seguida, já me agiganto
Por nova ruga em doce enlace.