O HOMEM VELHO

O homem velho, ainda vaidoso,

todo gabola vai ao compromisso.

Vestiu-se o terno de corte suiço

e para os pés, o cromo mais brilhoso.

É tanto amigo, há tanto um tanto omissos,

que o homem velho desfrutava em repouso.

Desses encontros, estava saudoso…

Sempre adiados, por aquilo ou isso!

Por seus cabelos, brancos e alinhados,

mãos percorrendo em carinhoso arado,

semeiam promessas. Torto improviso.

Já não havia remorso, medo ou dores.

Ali, deitado, em seu colchão de flores,

o homem velho mal disfarça o sorriso.

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 08/10/2021
Reeditado em 27/01/2024
Código do texto: T7359014
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