PORRE DE SONHOS

Ando a me embriagar sem tomar vinho

E mesmo assim desmaio de ressaca,

Vindo a embriaguez da grande taça

De sonhos, sempre à mão, se estou sozinho.

Se em saudade a vontade me ataca

A um seguidor de Baco me alinho

E abrindo o bar da mente me avizinho

De quem sem equilíbrio ao chão se atraca.

É... Eu preciso andar embriagado,

Por ter um coração apaixonado

A impor vício que não posso largar.

Mal acordo, se indago que horas são,

Diz-me em voz de ressaca o coração,

É hora de outro porre começar.