UM FADO, POIS ENTÃO

Se, pois, então, és recordação

Uma ilusão que saudade gera

Lá por estar fundo no coração

O silêncio é bem o que ulcera

E essa sensação tão profunda

Não perece com a primavera

Dor que faz a prosa moribunda

Tristura que sempre se espera

E, eu sem amansar essa severa

Angústia, que me faz diminuto

Ao lado onde a sonho degenera

Fico a cada minuto a me abastar

Do teu nome, em um verso bruto

De um fado, pois então, a cantar!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

18’08”, 16/10/2021 – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/ei0z0pw4Z3o

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 16/10/2021
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