Doce infância

Eu ainda me lembro da velha parreira

No fundo de casa, lá no quintal

Meu mundo fechado, não havia mal

Só precisava inventar brincadeira

A noite tão clara e excepcional

Pirilampos em brasa era a fogueira

Meu alimento era o fruto da videira

E o único amor era o fraternal

Trancado em casa sem poder brincar

Tudo era escuro e muito sem graça

Não havia estrelas e nem o luar

Fitava meus olhos pela vidraça

Contava os segundos pro sol raiar

Dormia na paz sem fazer pirraça

Ronaldo Alves
Enviado por Ronaldo Alves em 04/11/2021
Código do texto: T7378126
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