TOCA RAUL

Não vou mudar o mundo e nem fazer

Ninguém gostar do som do Raulzito,

Pois quem à vida veio já proscrito

Escuta a letra sem nada entender.

Nem vou parar a terra e descer

À força um bicho assim tão esquisito

Que pensa em riqueza e paga ao mito

Dízimo em parcelas de carnê.

Quem vai para o trabalho todo dia,

Tendo a barriga e a conta sem valia,

Dá a reza que é de Deus a belzebu.

Nem sabe a razão por que existe

No bar da vida, e ao fundo olha triste,

Quem se esbalda a pedir: toca Raul!