O QUE RESTOU?
Maria de Fatima Delfina de Moraes
O que restou da paixão que em nós ardia
nas tantas juras trocadas nas madrugadas?
Hoje são duas almas a caminhar sozinhas
sofrendo as saudades da pessoa amada.
*
E se um dia a casa foi um lar
Onde sorrisos por ela flutuavam
só alegrias do amor a iluminar
e sempre-vivas no canteiro a brotar.
*
E de repente o silêncio a perpetrar
Fez de nosso lar imenso labirinto
Não mais conjugamos o verbo amar.
Desfez-se o laço e a nós fez sufocar
e dor intensa invadiu nosso recinto,
veio a tristeza nosso espaço coroar.
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