Ventos Noturnais

E as lembranças nas ruas tumulárias,

Onde bradam os ventos noturnais,

Foram partindo hirtas e solitárias,

Envoltas pelas névoas soturnais.

Por essas ruas quase centenárias,

De alvuras e olhares angelicais,

Findar-se-ão as dores ao som das árias

Nos místicos silêncios sepulcrais.

E tu que me olhavas a caminhares,

Levas contigo o alvor das madrugadas

Exalando o teu aroma pelos ares.

Andas perdida aqui nessas umbrosas,

Relembrando-me as mágoas já passadas

Ao acorde d'uma lira lacrimosa.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 18/11/2021
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