Da amada

Quanto me alegra ver a doce amada,

pela imensa campina de flor cheia,

colhendo os pares seus, e não receia,

pois que às mais lindas não cobiça nada.

Olhando a minha amada ensimesmada

nesse sonho que queima, brilha e enleia,

minha alma em mil delícias se recreia,

pois nela tudo é encanto, tudo agrada.

E outra beldade assim haver não creio,

que tenha a graça que resplende e enleva,

guarde a bíblia do amor que sempre leio...

Sua alma com a pureza se alcandora,

porque ela é como essas que a morte leva,

mas depois se arrepende, e sente, e chora...

Reginaldo Costa de Albuquerque
Enviado por Reginaldo Costa de Albuquerque em 20/11/2005
Reeditado em 04/04/2010
Código do texto: T73929