Da amada
Quanto me alegra ver a doce amada,
pela imensa campina de flor cheia,
colhendo os pares seus, e não receia,
pois que às mais lindas não cobiça nada.
Olhando a minha amada ensimesmada
nesse sonho que queima, brilha e enleia,
minha alma em mil delícias se recreia,
pois nela tudo é encanto, tudo agrada.
E outra beldade assim haver não creio,
que tenha a graça que resplende e enleva,
guarde a bíblia do amor que sempre leio...
Sua alma com a pureza se alcandora,
porque ela é como essas que a morte leva,
mas depois se arrepende, e sente, e chora...