A VELHICE
Em lugares onde vejo cadeirantes
Na maioria idosos necessitados
Não há luz nos olhos, estão distantes
Talvez pensando em todos os passados
Eu penso...todos já foram algo, alguém
Será isso que o deixa mais doente?
E ali definhando, dependente, ninguém
Isso vem matando seu corpo lentamente
E que sentido, agora, em suas vidas?
onde muitas feridas mal resolvidas
Provocam o definhamento que vemos
E estes, pobres coitados, esperam
Uma consciência que estes dias lhe deram
Uma imensa certeza da morte que teremos