Pingos de sol, pingos de chuva

Em que tardes tão quentes o amor se esfria?

Como pingo que mira e quase não acerta

Ou como a chuva que molha a folha vazia

Esperando menino virar homem poeta

Em que chuva tão fria o amor se esquenta?

Como fogo que queima e nada se dói

Até quando o olhar conversa e lamenta?

O infinito de um tempo que não se constrói

São pingos que esfriam e queimam somente

O fogo e o gelo a quem lhes convém

As medidas são coisas tão dependentes

Dos que lançam os pingos sem muitos porens

Esperando um acerto ou um erro frequente

De amor que pingando preencha alguém

Rosilene Leonardo da Silva

Rosi Leonardo
Enviado por Rosi Leonardo em 11/12/2021
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